No dia 6 de maio de 2023, a Abadia de Westminster, em Londres, recebeu a família real e seus convidados para a coroação do rei Charles III. O monarca já havia assumido o trono após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, a mais longeva da história britânica. Apesar de ser um ato de extrema importância para a economia e história do Reino Unido, as cerimônias e eventos reais, ao contrário do que muitos pensam, assumem um grande papel dentro do mundo da moda, que está constantemente utilizando as figuras reais para estabelecer as tendências.
Os membros da família real sempre foram ícones de estilo e fontes de inspiração para muitas pessoas ao redor do mundo. O símbolo fashion mais conhecido talvez seja Lady Diana Spencer, que até nos dias atuais, anos após a sua morte, é utilizada como referência de elegância.
No seu tempo, a então Princesa de Gales, lançou tendências e promoveu marcas. Registros históricos contam que, em setembro de 1995 durante um evento em Paris, a então primeira-dama da França presenteou Diana com uma bolsa Dior, que ainda não havia sido lançada. Usada pela princesa, a bolsa fez tanto sucesso que foi renomeada em sua homenagem, passando a se chamar Lady Dior.
Com a ascensão de Charles III ao trono, os olhares se voltam para ele e sua esposa, Camilla Parker Bowles. Os fashionistas estavam ansiosos para ver as escolhas de roupas e acessórios do casal real e de todos os seus convidados, com muitas marcas e designers se esforçando para ter suas criações usadas pela realeza. Esse “selo real de aprovação” pode impulsionar carreiras e aumentar a visibilidade das marcas, levando a uma maior diversidade e inovação na moda global.
Atualmente, o membro real mais influente no mundo da moda é Kate Middleton, que herdou o título de sua sogra, como Princesa de Gales. Seu estilo elegante e clássico é famoso por misturar grandes nomes como Alexander McQueen e fast fashion como a Zara. Uma prova de sua influência é o interesse mundial em seu vestido azul, da marca Issa, utilizado para anunciar seu noivado: o vestido esgotou globalmente em minutos.
Não só modelos e marcas de roupas estão sob os holofotes, as cores usadas pelos nobres são copiadas pelos súditos da moda. Segundo pesquisa feita pela Vogue britânica, 30% das roupas escolhidas pela Rainha Elizabeth II eram azuis. Não se sabe exatamente o porquê, porém essa cor, conhecida como royal blue (azul royal), é tradicionalmente ligada à família real.
A vida de personalidades em destaque, sejam artistas, intelectuais ou monarcas, sempre exerceu fascínio na população comum. Desse modo, é possível entender todo o interesse das pessoas em saber a intimidade e gostos da família real. Nada mais fácil concluir que todas as peças usadas pela nobreza se tornam objetos de desejo, sejam roupas, sapatos ou acessórios. Aqueles com poder aquisitivo privilegiado fazem os modelos se esgotarem nas grandes marcas; a outra parcela da população contenta-se com réplicas. Independente da etiqueta, é inegável a capacidade de influência da nobreza em movimentar a economia no mundo da moda.
